Poder de Incoerência produzindo insegurança pública
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Em represália à transferência do famigerado traficante Claúdio Campanha da cidade de Salvador para o presídio de Segurança Máxima do Mato Grosso do Sul se desencadeou uma tsunami de ataques contra o braço armado do Estado e à desconsolada sociedade baiana. Todavia, foi divulgada pelas mesmas fontes que ataques como os que ocorreram seriam esperados, após um trabalho de investigação desenvolvido pelos órgãos responsáveis pela Inteligência Policial.
Não consigo entender qual parte em se "esperar" ações tão violentas e ilegais tornou-se insignificante para as nossas autoridades de Segurança Pública da Bahia. Após o primeiro dia de ataques, no dia 7 de setembro, três módulos policiais já haviam sido destruídos e com eles três policiais militares em serviço alvejados. Pois bem, entendia eu que o deslinde de uma investigação policial pautada na inteligência serviria para a adoção de operações preventivas, a fim de salvaguardar não só a sociedade, mas também os promotores da segurança pública, policiais militares fardados que trabalham diuturnamente em módulos policiais sem o mínimo de segurança.
Alguém poderia, então, esclarecer o motivo da inércia, senão omissão das autoridades da SSP aos ataques previstos? Por que quem detinha o poder e poderia adotar providencias a fim de anular ou efeitos ou ao menos minimizar as consequências dos atos de violência urbana ocorridos em Salvador não o fez? Não se sabe o porquê esperou-se tanto para ver até onde a criminalidade baiana iria se arrostar.
O governador afirmou publicamente que a guerra contra a criminalidade foi vencida após um saldo de 14 ataques a módulos policiais, 9 coletivos incendiados e diversas vítimas, dentre civis e militares em serviço e de folga. Senhores governantes, cabe lembrar que o conceito de segurança pública não se restringe a policiamento ostensivo ou ações repressivas desenvolvidas pelos órgãos de Segurança Pública. O policiamento preventivo tem igual importância nesse contexto, pois é fundamental para a promoção da paz e ordem social cada vez menos presenciada na vida dos soteropolitanos.
foto: A Tarde
1 de outubro de 2009 às 12:06
A situação está perigosa ao extremo.
As pessoas perderam os limites,não existe mais o que temer.
E nos temos que viver presos em casa por conta disso!
Amei o blog! estarei sempre aqui !
parabéns
7 de outubro de 2009 às 15:58
eu amo a autora, mas no que resta da minha imparcialidade: o texto está simplesmente PERFEITO!
13 de outubro de 2009 às 15:06
Muito pertinente o texto, e muito bem escrito também! Parabéns!