Amazônia ameaçada
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Tony Filho
Numa época em que se discute muito o aquecimento global, com o derretimento das geleiras em curso e a crise das mudanças climáticas ora instaladas, vê-se que o Brasil não é um país sério no trato das questões ambientais. O maior exemplo desse descaso acontece com a Amazônia, que mesmo com vários esforços e alertas feitos por ambientalistas, cientistas e governantes internacionais para conter o desmatamento, esse continua avançando ameaçadoramente, tornando-se uma fonte de preocupação para o mundo.
Desmata-se na região o equivalente a 9 campos de futebol por minuto, de acordo com dados do Greenpeace e do INPE (Instituto nacional de Pesquisas espaciais). Só no governo Lula até metade do ano passado o desmatamento na floresta já era equivalente a uma área do tamanho do estado de Alagoas.
Embora a Amazônia desempenhe um papel no equilíbrio climático mundial com sua extraordinária diversidade cultural, onde abriga mais da metade das espécies terrestres conhecidas no planeta, 5 mil espécies de arvores, milhões de espécies de insetos, 300 de mamíferos, mil de pássaros e 2500 de peixes, 220 mil indígenas de 180 tribos, o ritmo acelerado da destruição do meio ambiente são os grandes problemas da região mesmo tendo 41% do seu bioma protegido através de unidades de conservação.
A ação predatória do homem através de madeireiras ilegais, a grilagem de terra, as queimadas e o agronegócio, alimentado pela plantação de soja e a criação de gado são os maiores responsáveis pelos desmatamentos de acordo com dados coletados por satélites do INPE.
Todas essas ações criminosas ainda são alimentadas pela impunidade, falta de fiscalização, e punição branda aos infratores, que quando ocorre são multas de valores irrisórios, quase nunca pagas, já que na maioria dos casos os agressores recorrem à justiça e a multa acaba caducando além do fato de ninguém ficar preso por agressão ao meio ambiente.
Sendo a Amazônia patrimônio mundial da humanidade (pulmão do mundo) tem preocupado autoridades internacionais como o governo britânico que especulou a possibilidade de uma intervenção internacional na região, já que os governantes da região pouco ou nada fazem para conter esse avanço que tem aguçado a cobiça internacional. É preciso que medidas enérgicas sejam adotadas pelos governantes para conter o avanço dessa degradação, que aliada a outras formas de agressão ao meio ambiente, é responsável pelo aquecimento global.
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