Amor, humor e outras coisas feias
Marcadores: crítica literária 3 5 comentáriosAfinal, o que é o amor? “É uma dor”? “É fogo que arde sem se ver”? O amor é uma coisa feia é o que diz o baiano Gustavo Rios no título do seu livro de contos lançado em 2007 pela 7Letras.
A justificativa para essa definição é dada por Gustavo conto a conto; o personagem do Todo poeta é um perdedor, por exemplo, apaixona-se por uma garota, escreve e entrega para ela um “longo e sincero poema de amor”, porém, momentos depois ele flagra a tal menina tendo relações sexuais às escondidas.
Em outro conto, Gustavo brinca com o poema Quadrilha de Drummond para enquadrar um coração “vadio e inquieto”, à imagem e semelhança do coração que figura a capa: real. Tão real quanto o sentimento das histórias que o autor apresenta, acrescentando sempre pitadas um humor amargo. Cada ironia instaurada é um balde de ácido que entra nas veias deste órgão que bombeia apenas a verdade. A verdade nem sempre é bela. E o amor também não.
30 de outubro de 2009 às 08:37
BEla pílula analítica.Ricardo Tá pegando as coisas rápido.BEla análise.
1 de novembro de 2009 às 18:44
Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.
Martha Medeiros
3 de novembro de 2009 às 04:21
Curto, grosso e certeiro. Valeu, meu chapa! Pegastes o espírito da coisa.
13 de novembro de 2009 às 16:52
Este comentário foi removido pelo autor.
13 de novembro de 2009 às 16:53
Muito bom.
Parabens.