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Mercado informal: Falta de opção ou escolha?  

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Antonia Borges

Os vendedores ambulantes estão por todas as partes de Salvador, principalmente nas imediações dos centros comerciais e ocupando as calçadas, o que dificulta a passagem dos pedestres que são forçados a andar pelo meio da rua.

São comercializados diversos produtos: roupas, CDs, bijuteria, brinquedos, sapatos entre muitos outros. Ou seja, esse mercado informal movimenta uma quantia gigantesca de dinheiro, só que sem pagar nenhum tipo de imposto. Quando o rapa chega é uma verdadeira corrida para salvar o que poder.

Porém, será que já paramos para pensar se esses vendedores que trabalham nesse mercado fazem isso porque gostam ou realmente falta oportunidade de emprego formal?

Em entrevista concedida por alguns vendedores ambulantes fica claro nas falas que o que falta é uma oportunidade de trabalhar com carteira assinada. "Estou cansado de viver nessa vida, fugindo dos rapas, já perdi muita mercadoria nesses treze anos de trabalho". Afirma um dos camelôs abordados.

Outro rapaz diz que o valor do salário mínimo não é suficiente para sustentar a mulher e o filho de um ano que dependem dele, porém se encontrasse um emprego no qual ganhasse aproximadamente o mesmo valor que ganha hoje no mercado informal ele mudaria de rumo.

As pessoas costumam pensar que esses profissionais não tiveram instrução escolar. No entanto, a maioria deles concluiu o ensino médio, alguns inclusive têm cursos profissionalizantes. Só que pelo fato de trabalharem há muito tempo com a informalidade acabam não adquirindo experiência em outras áreas.

Uma das maiores dificuldades enfrentadas por esse grupo é a questão de benefícios como a aposentadoria e seguro desemprego. "Se hoje eu ficar doente ou acontecer algum acidente eu moro de fome", declara um vendedor ambulante.

Portanto, ou o governo promove projetos de formação e inclusão dessa massa no mercado de trabalho, ou então nunca resolveremos esse problema.
foto: Jornal da Facum/Humberto Saldanha

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4 comentários: to “ Mercado informal: Falta de opção ou escolha?


  • 29 de outubro de 2009 às 04:39  

    Antonia, de novo você fala muito bem dum assunto muito interessante, com sempre uma excelente reflexão o fim. Parabéms e coragem para o fim de semestre.


  • 29 de outubro de 2009 às 05:39  

    O mercado informal é uma alternativa para os milhares de desempregados que existem no pais.
    o estado deveria começar a pensar uma alternativa para essas pessoas assim como foi pensafo para as vans


  • 6 de novembro de 2009 às 03:40  

    Acredito que a demanda sempre será divergente à oferta em relação a trabalhos informais. Algumas pessoas estão ali por falta de oportunidade outras porque querem, ganham e são donas do próprio nariz e lucro. Soluções estão sendo tomadas. Aqui em Salvador existe um projeto que criará um Shopping do Camelô, entretanto o projeto divide opiniões. "Será que se os produtos não estivessem expostos nas calçadas as vendas seriam significativas?" é a pergunta mais realizada nesse contexto.


  • 19 de novembro de 2009 às 15:42  

    Se não a emprego para todos, as pessoas tem que procurar um meio de sobrevive, que nesse caso é o camelô. Cabe aos responsáveis procurar alternativas que agrade a maior parte dos interessados.