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Moradores de rua: A sociedade perdeu a sensibilidade ou não quer enxergar?  

9 comentários

Antônia Borges

É crescente o número de pessoas que vivem nas ruas de Salvador, principalmente no centro da cidade, onde há uma grande circulação de indivíduos e dinheiro. No entanto, perceber que a sociedade parece ter se acostumado em ver nossos semelhantes disputando alimentos com os ratos nos lixões é algo muito preocupante.

O que leva uma pessoa a viver nessa situação? Será que esses indivíduos possuem uma família? Será que se alimentaram hoje? Perguntas que sequer são questionadas. É aceitável dúvidas como: Quando dou uma moeda estou ou não contribuindo com a miséria de uma pessoa? Será que estarei colaborando para o consumo de drogas, ou essa moeda realmente será usada para comprar um pão?

Não podemos ignorar essas pessoas simplesmente porque elas estão lá. As vemos no caminho para o trabalho, escola, nos passeios de fins-de-semana. Porém, é mais fácil excluir fingindo que não vemos porque isso fará com que não sentimos nenhum tipo de culpa. É mais cômodo chamar uma pessoa de ‘vagabundo’ do que pensar a questão do desemprego, que, na maioria das vezes, é o grande fator que leva essas pessoas para as ruas.

Não podemos perder nossa sensibilidade no olhar quando passamos por debaixo dos viadutos e nos deparamos com pessoas dormindo no chão usando papelões para se protegerem do frio. Não dá para pedir a um mendigo que se afaste um pouco, porque queremos nos sentar no banco que ele está ocupando. Ou, simplesmente, chamar a policia para retirá-los da nossa rua porque eles não combinam com a bela paisagem do local.

Precisamos de uma política social que não trate com descaso esses seres humanos que talvez não tiveram oportunidade de estudar, trabalhar. Enfim, não tiveram acesso a bens básico para a sobrevivência digna; ou mesmo talvez estes passaram certos problemas e não encontraram auxílio psicológico. Queremos um mundo igualitário, no entanto o que estamos fazendo para mudá-lo?

foto: ATarde

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9 comentários: to “ Moradores de rua: A sociedade perdeu a sensibilidade ou não quer enxergar?


  • 21 de agosto de 2009 às 09:17  

    Antônia vc se saio muito bem,ainda ira nos surpreende.
    A Antimatéria esta de parabéns pela oportunidade q esta dando a estes jovens.


  • 26 de agosto de 2009 às 20:51  

    O que estamos fazendo para mudá-lo? Nada! Eis a questão. Se considera exceção as poucas boas almas que se desprendem de tempo e vontade para ajudar os menos favorecidos. Mais interessante para mim é a ultima afirmação do texto, a qual transformo em pergunta: Queremos um mundo igualitário? Por que será que vemos mais atitudes solidárias de que tem menos? A classe baixa e média baixa, pelo menos aos meus olhos, são quem mais lutam pela igualdade. A burguesia? Ela quer lucro, ela quer poder, ela tem o poder.Pouco lhe interessa essa história de direitos iguais, pois para dar aos outros, ela tira do seu. Feliz será o dia em que descobriremos que a massa unida tem mais poder que qualquer elite, e só nesse momento poderemos mesmo tomar alguma atitude coletiva para mudar a nossa realidade urbana.


  • 2 de setembro de 2009 às 13:18  

    O que estamos fazendo? (pergunta certa). Um contante exrecício de impotência


  • 3 de setembro de 2009 às 20:48  

    Nessa sanha capitalista atual onde cada pessoa só está preocupada consigo, essas questões sociais estão cada vez mais sendo esquecidas, ou melhor, fingidas de esquecidas. Tá na hora do Estado elaborar alguma politica pública voltada para essa questão. Valeu pela visita ao meu blog, gostei muito dos espaços de vcs. Um abraço.

    http://so-pensando.blogspot.com


  • 3 de setembro de 2009 às 20:49  

    Nessa sanha capitalista atual onde cada pessoa só está preocupada consigo, essas questões sociais estão cada vez mais sendo esquecidas, ou melhor, fingidas de esquecidas. Tá na hora do Estado elaborar alguma politica pública voltada para essa questão. Valeu pela visita ao meu blog, gostei muito dos espaços de vcs. Um abraço.

    http://contesta-acao.blogspot.com

    http://so-pensando.blogspot.com


  • 4 de setembro de 2009 às 05:20  

    Concordo que deva existir uma política social,porém essa "sensibilidade" que estar faltando nos adquirimos através da nossa estrutura familiar respeidando nosso próxímo. E isso ocorre na infância ,não estou falando em sair dando esmolas mas tratar com respeito qualquer pssoa, o porteiro do su prédio o cobrador no ônibus o servente no seu trabalho. A sociedade também precisa passar a vê as situações como suas não só como responsabilidades socias.


  • 6 de setembro de 2009 às 05:04  

    Me desulpe perto de Antônia, a equipe e os leitores da revista mas não sou Brasileiro e o português é não minha lingua materna.
    Antônia parabéns para seu primeiro texto está muito bem escrito, você fala dum tema muito sensivél, delicado com muito de decência. Você faz as boas perguntas. Um cidadão só não pode mudar a sociedade mas é muito importante de interrogar-se e tomar consciência do problemo para tentar de achar das soluções, pois nunca nõs devamos esquecer que um problema em nossa vida quotidiana pode nõs pomos em uma situação precária.
    Em francês quando uma pessoa escreve um bom tema diz "ela tem uma boa pena" Antônia quero te dizer que você tem uma boa pena. Boa sorte para seu futuro, espero ler outros textos de você e longa vida a revista


  • 10 de setembro de 2009 às 08:26  

    olá!
    Moro em sp. por aqui o índice de pessoas nesta situação é muito grande. basta andar alguns metros para vermos um corpo jogado no chão. é triste, mas em alguns casos, entra um quesito que se chama: escolha.
    trabalhei durante um tempo como voluntário em uma ong que chama 'anjos da noite' (servem refeições nas noites de sábado). Vemos de tudo. desde famílias inteiras que não tiveram oportunidade, até jovens perdidos no mundo das drogas.
    Sinceramente não sei o que podemos fazer para mudar isto. se até nos países que se dizem desenvolvidos este fenômeno tbem acontece.

    abraço e ótimo texto. parabéns.


  • 22 de setembro de 2009 às 07:20  

    olá!
    Certamente acredito que e uma questão de indiferença da sociedade. Vivemos-nos em um mundo de consumismo e egoísmo e em nosso caminho ate o êxito e acumulação de bens não temos tempo para olhar nestas pessoas e pensar o porquê da sua situação como bem diz Antonia, e muito menos para tentar ajudar eles a sair da mesma. Gostei muito da sensibilidade da autora, espero que artigos como este contribuam ao conscientização da sociedade.