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Sem o rebelde há mais de 50 anos  

5 comentários

Cristiano Contreiras

"Viveu rápido demais e morreu cedo demais".

Há pouco mais de 50 anos, o mundo despertava para a trágica morte do rebelde sem causa: James Dean. Com apenas 24 anos de idade, morria no dia 30 de Setembro de 1955, num trágico acidente de automóvel. Enquanto guiava seu porsche, numa estrada da Califórnia, Dean perdeu o controle - partindo imediatamente a coluna vertebral e sofrendo de hemorragias internas, veio a falecer a caminho do hospital.

No cinema ele criou crédito e fama ao interpretar personagens adolescentes e marginalizados. Típico desajustado, rebelde e intimista quanto seus personagens: instantaneamente foi concebido a uma figura de proa em Hollywood. James Dean deixou um legado de três importantes filmes. Fora das telas, ficou conhecido por abalos emocionais na família, namoros com homens e mulheres desarmônicos e seu fascínio por corridas de carros – gostava de velocidade em excesso, não tinha medo do risco. Quando morreu, ainda não era um fenômeno, apenas seu primeiro filme "Vidas Amargas" estava em cartaz. Com a morte fatídica, rapidamente se tornou uma celebridade instantânea, desmedindo uma comoção generalizada entre os fãs e, inclusive, duas nomeações póstumas ao Oscar.

Logo após a morte, vieram dois grandes sucessos: "Juventude Transviada", um ícone até hoje por abordar os hábitos e costumes da rebeldia dos anos 50, ao tratar de temas delicados como o desajuste familiar e a carência afetiva por parte dos jovens. E "Assim Caminha a Humanidade", terceiro e último filme, com duas estrelas do cinema da época: Elizabeth Taylor e Rock Hudson. Este filme chegou ao cinema um ano após a sua morte, seguido da euforia do seu segundo filme – "Juventude Transviada", sucesso incontestável de público, - e, durante anos, foi sucesso de bilheteria da Warner.

Mesmo após 50 anos de sua morte, James Dean guarda um lugar no coração de Hollywood e, definitivamente, é um ícone de rebeldia até hoje. Há diversos livros sobre sua vida, documentários e canções que levam seu nome – bandas como The Eagles e Chris Busone fizeram homenagens ao símbolo da juventude dos anos 50. Para prestigiar o aniversário de 50 anos de sua morte, a Warner lançou um Box Dvd com seus principais filmes, todos devidamente recheado de extras que vão de documentários sobre a vida íntima a galeria de imagens do galã, entrevistas com familiares e amigos. Dean criou uma imagem forte de adolescente marginalizado, carente e contestador – e isso reflete claramente até nos dias de hoje. Seus filmes não envelhecem jamais, sua atuação cicatrizante ecoa de maneira que é difícil não enxergá-lo como um ícone imortal no cinema. Sua morte serviu para colocá-lo em um patamar de genialidade, personalidade e, claro, símbolo da juventude indomável.

Filmografia Principal:
1955 –
Vidas Amargas, de Elia Kazan - como Cal Trask
1955 – Juventude Transviada, de
Nicholas Ray - como Jim Stark
1956 – Assim Caminha a Humanidade, de
George Stevens - como Jett Rink

Foto: Divulgação

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5 comentários: to “ Sem o rebelde há mais de 50 anos


  • 31 de agosto de 2009 às 06:21  

    Pensar nele hoje é experimentar uma nostalgia quase inefável.Eu nunca o esquecerei, ele se tornou imortal.


  • 31 de agosto de 2009 às 06:50  

    Toda a obra em que o fim me parece implacável, causa uma especie de insatisfação, como se essa implacabilidade remete-se a vencer a morte em prol da imortalidade.
    Morte e vida. Essa questão de ser imortal e vencer a Dama de Branco.


  • 31 de agosto de 2009 às 07:09  

    Voltei e refleti mais um pouco.

    Sabe quem o Dean me lembrou refletindo bem ?
    A familia Kennedy. Eles tinham um destino ligado ao social e ao pessoal. Sabe o filho, O John John Junior que morreu no acidente aereo ?
    Ele tinha tirado o breve de piloto e na realidade pelo que parece não tinha tanta experiencia quanto ele mesmo suponha. Essa mesma falta talvez de senso de limite o Dean possuia. Uma total rebeldia quanto ter comedimento. Dirigindo o Posche dele feito um doido, por que isso que tinha vontade. Não se refrear se tinha amor por homem ou mulher. Um espirito livre que acabou queimando o pavio rápido demais, mas que de certa forma com tanta intensidade viveu mais que muito velho de 90 anos. * riso *


  • 31 de agosto de 2009 às 12:11  

    eu nunca o esquecerei também,ele marcou e está marcando a minha vida de uma maneira incrível,as coisas que ele dizia,as atitudes,o jeito " rebelde " que ele tinha vem me fascinado a um bom tempo. ele é imortal com toda a certeza,ele era inteligente e bom demais para continuar vivendo entre a gente por muito tempo ..


  • 2 de setembro de 2009 às 15:19  

    Ele foi um ícone para o cinema e para mim mesmo. Tenho os filmes dele aqui em casa e nunca deixo de assistir novamente ... adorei o post !! :)